quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Tem coisa que é de casa





Por Aline Dias:


Eu sou filha do seu Zedu e da dona Rita Eliza. Eles me ensinaram que mentira tem perna curta, que honestidade é princípio e que o nome da gente é o bem mais precioso que a gente tem. Meu pai me ensinou que quando a gente faz as coisas do jeito certo, sem passar por cima de ninguém, a gente vai acabar se dando bem no final e que quem joga sujo se ferra sozinho. Ele disse que não precisa a gente fazer absolutamente nada com gente que joga sujo porque as pessoas acabam se estrepando sem a gente precisar se mexer pra isso. E o melhor, se a gente não joga sujo a gente fica com a consciência tranqüila e consegue se olhar no espelho, manter a cabeça erguida e continuar vivendo.

Eu sou filha do seu Zedu e da dona Rita Eliza e ela me disse que quando a gente não tem nada de bom pra falar é melhor ficar quieto.
Eu só queria dizer que eu sou filha do seu Zedu Coelho e da dona Rita Eliza de Fonseca e Oliveira e que os dois me ensinaram que existe pecado, e que mesmo que eu não queira acreditar em pecado os atos da gente sempre tem consequencias. E que quem banca as conseqüências sou eu. (seu Zedu diz que não existe essa de vai doer mais em mim do que em você, que se você faz merda é em você que dói e pronto).

Eu sou neta da dona Euza, do seu Zé Dias, do seu Amphilóphio e da dona Nerly e eles me ensinaram a querer sempre ajudar a quem estiver precisando, a escrever, a ler, a tabuada e como se passa bife.

Eu olho pra dona Rita, pro seu Zedu, pra dona Euza e pra dona Nerly de cabeça erguida. Mesmo estabanada e falha, eu aprendi o que eles me ensinaram. E mesmo dormindo tarde, eu durmo sem qualquer culpa. 

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