sábado, 15 de dezembro de 2012

ASSIM FALAVA THEODORE



Eu não gosto muito desse negócio de ficar citando frases e pensamentos, mas resolvi fazer isto porque num caso específico só uma frase já pronta para explicar como me sinto.

Nos últimos anos convivi com pessoas dos mais diversos matizes, num espectro bem mais amplo que cinquenta tons de cinza.

De tantas pessoas que conheci, uma, em especial, me chamou a atenção, pois foi alguém a quem, num primeiro momento, admirei, depois confiei e cheguei mesmo a defender, acreditando piamente em sua grandiosidade.

Com o passar do tempo percebi que, em verdade, tal pessoa é daquelas que mais abomino, ainda que tenha descoberto isso tarde demais. 

Não era grande mas, tal como seu físico, tísica de alma.

É fato que tenho profundo desprezo por quem, tendo o poder de transformar alguma coisa para melhor, prefere a omissão, calando-se e escondendo-se atrás de seus próprios temores. Prefiro os que erram, pois entendo sempre o erro como uma tentativa de acerto e me permito, para esses, gastar minha boa vontade.

Caneta é, para mim, coisa muito séria, que pode ser usada como arma para aprisionar ou libertar.

Caneta é feito laser, que pode servir para destruir, se usado de forma bélica, ou para salvar vidas, se usado para fins cirúrgicos.

Caneta na mão de fracos acaba virando lápis: alguma coisa com que se traça e que deixa marcas, mas que se pode apagar.

Uma pessoa em especial teve oportunidade de fazer muito, de transformar vidas para melhor, mas preferiu a omissão. 

Podia ser rico, mas preferiu ser pobre.

Medo? Incapacidade? Ganhos e vantagens obscuras?

Não sei, mas vejo nessa fraqueza o sinal da pior espécie de pobreza que alguém pode ostentar: a de espírito, dos que não percebem que a pior espécie de arrogância é a falsa humildade.

Daí é que me lembrei da tal frase, a de Theodore Roosevelt, que deixo para vocês:

"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota."


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