sexta-feira, 3 de junho de 2011

Violência


SILÊNCIO, ESTOU FALANDO DE VIOLÊNCIA

Quando digo que a violência é inerente ao ser humano sinto que não falta quem queira me bater.

Digo mais: as crianças são, via de regra, mais violentas que os adultos.

Calma, leitor, não precisa atirar agora.

Violência vem de violar, descumprir, quebrar, romper uma regra pré-estabelecida: Enfiar a mão em vez de usar uma palavra que exprima o sórdido sentimento que provocou o tapa.

É aí que a coisa pega: a violência vem quando a palavra não chega: é a incapacidade que o ser humano tem de compreender as regras, de estabelecer uma relação baseada no código que ele mesmo criou. Quando o código de normas de comunicação não é bem entendido ou utilizado e quando o ser não consegue lidar com o simbólico, é a vez do animal falar mais alto.

E você que é papai ou mamãe preste atenção no seu pimpolho: Você vai perceber que ele não pede gentilmente o brinquedo ao coleguinha (ele não sabe falar, lembra?) ele toma o objeto que deseja e pronto: custe a quem custar e doa em quem doer.


Imagem obtida em http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTV6wIOlDM5opMsu6UM-LjGcHQVseAYyxwov8v02OcDMbkEpWOFMw

2 comentários:

  1. Concordo, Zedu, e do ponto de vista científico, é isso mesmo. A violência é inerente ao ser humano, faz parte do nosso repertório adaptativo. A criação de regras e leis visa, exatamente, conter nossa predisposição para fazer valer o interesse próprio a qualquer custo. As regras, portanto, têm como objetivo criar condições mínimas para o convívio em grupo, que só é possível quando conseguimos submeter a gana do interesse individual em favor do coletivo. Nesse sentido, a violência é a expressão máxima da desconsideração pelo outro, da exaltação do eu, e não importa a roupagem que ela assuma ou a ideologia que a sustente.

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